terça-feira, 16 de dezembro de 2008

50 anos do Curso de Economia na UCS...

É ano de festa no bloco J da UCS. São 50 anos de história do curso de Ciências Econômicas. Quer dizer, para a pessoa que adentra o bloco despercebida, tudo parece normal. Isto até para mim, estudante do curso. Nada de fatos históricos, nem para enganar aos olhos. Senão, vejamos.
No período de agosto-novembro de 2008 participei de um intercâmbio de estudos ao Canadá, sendo que fiquei ausente no segundo semestre das magníficas cadeiras ministradas no J (de Jejum). Quando do meu retorno, para me atualizar sobre os procedimentos de matrícula, visitei com saudades aquelas paragens desertas de participação estudantil e conversei com a coordenadora do curso, Prof.ª Carol, esperando ser bombardeado com novidades e eventos os quais teria estado ausente neste interregno. Vã esperança.

Afora a "Semana do Economista", ocorreram dois eventos chamados "Café com Economia" nos quais estudantes e professores foram colocados em uma sala 3x4 para exporem as suas opiniões sobre a crise financeira mundial pela qual estamos passando, sendo mencionados até no jornal O Pioneiro. Alguns leigos perguntariam: isto não é bom? A partir do momento que se percebe que a organização de cada um dos "eventos" tem custo aproximado de R$ 100,00 e foi patrocinado pela iniciativa privada, constata-se a falta de respeito com a qual uma celebração de tal data é tratada. Culpados: estudantes e coordenadoria. Afinal, se não há auto-estima dentre os próprios soldados, a guerra contra a irresponsabilidade das políticas públicas e o senso comum da população será em vão, pondo a profissão de economista ainda mais no rol dos "pessimistas de plantão".

Como a nota de nosso curso sendo C (não discutirei aqui os métodos de avaliação, já colocados em suspeição por entidades privadas de ensino), nada melhor do que utilizar uma data como o aniversário para relançar as bases da dinâmica aplicada em nosso bloco, de modo a incluir pontos de vistas advindos alhures na discussão sobre as conseqüências multifacetadas para a sociedade das dificuldades econômicas atuais. Por fim, ao menos, demonstraríamos que o nosso curso finalmente amadureceu, abrindo portas à interação tão necessária para o crescimento em importância e qualidade da faculdade de Ciências Econômicas. Nem é seguido o clichê de que a "propaganda é a alma do negócio". Vergonha.

Não tenho expectativas no curto-prazo. Provavelmente, o bloco J permanecerá sendo um bloco obscuro, onde existem potencialidades, entretanto, são engolfadas pela mesmice que completa 50 anos e se prolongará se não houver grande ruptura dentro da (des)ordem vigente. O que parece é que tudo está bom. Uma palavra: assustador.

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