quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tradução - texto da revista The Economist - ' Spread Bets '

De forma a complementar o material sobre spread bancário, já previamente tratado no post http://economiapratica.blogspot.com/2008/09/spread-bancario-um-dos-cavaleiros-do.html, estou publicando a tradução de um artigo escrito na revista The Economist, 21-27 de março, disponível para leitura no original em inglês (http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=13331179)

Bancos do Brasil
Amplas apostas

São Paulo
Um tipo diferente de approach

Com a economia deslizando em direção à recessão, pelo menos o Banco Central do Brasil pode cortar as taxas de juros de forma dura e rápida. No dia 11 de março, ele cortou a sua taxa de juros referencial, chamada SELIC, em 1,5%, para 11.5%. Mais cortes são esperados. Um dilema bem vindo: no passado, uma moeda instável e a inflação galopante preveniam tais medidas anticíclicas. Contudo, os cortes não estão sendo passados integralmente aos tomadores de empréstimo, revivendo uma discussão sobre os gordos spreads cobrados pelos bancos no Brasil (isto é, a diferença entre as taxas no ato do depósito e do empréstimo).

De acordo com o cálculo do Instituto Empresarial para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), um grupo lobista, o Brasil possui os maiores spreads bancários do mundo, mesmo eles sendo um pouco menores do que eram. A FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos) nega essas informações, clamando que elas distorcem a verdade. Os bancos dizem que os spreads são inflados pelas taxas impostas às transações bancárias.

O governo pensa que os bandos poderiam fazer mais para baixar o custo do crédito. Ele está considerando ordenar aos bancos majoritariamente públicos – existem três – a aquisição de pequenos bancos privados e concessão de crédito a taxas menores. Céticos notam que alguns desses bancos públicos, os quais representam cerca de 40% do sistema, aplicam spreads semelhantes aos seus rivais privados.

Em um estudo sobre spreads bancários, o Banco Central concluiu que em 2007 o maior elemento simples (37,5% do total) foi o lucro. Porém, as provisões relativas ao risco de não-pagamento eram quase tão expressivas, com tendências de aumento com a piora na economia. Segundo os bancos, há necessidade da manutenção desse nível de segurança pois o sistema jurídico-institucional é condescendente com os devedores.

A terceira grande fatia do spread engloba as taxas. Os bancos privados afirmam existir um quarto ponto: os empréstimos obrigatórios estipulados pelo governo a taxas subsidiadas com foco nos pequenos empresários e agricultores, fazendo com que eles cobrem a diferença no restante das linhas creditícias disponíveis. Afora o depósito de 50% de suas reservas no Banco Central, chamado depósito compulsório, o qual é pifiamente remunerado.

Os bancos brasileiros podem ser caros; contudo, ao menos, seguros. Nenhum até agora foi vítima da convulsão financeira mundial, talvez porque os lucros das operações bancárias diárias eram tão altos que não havia necessidade de se incorrer em riscos bobos. Outra explicação reside no aperto da regulação bancária depois que vários bancos faliram quando do controle do dragão inflacionário na metade dos anos 90.Como evidência que o mercado está aberto, os banqueiros apontam para o caso do Santander, o qual tem uma reputação de competir agressivamente em crédito pessoal e hipotecas, é hoje o terceiro maior banco privado do Brasil. Há de se salientar, todavia, que os lucros registrados nas operações brasileiras nem chegam à metade do que se contabiliza fora. HSBC e Citibank possuem pequenas operações aqui indo relativamente bem. De uma forma ou outra, o balanço das atividades bancárias no Brasil provavelmente continuará uma lucrativa excessão ao desastre registro alhures.

Um comentário:

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