Essa atitude sinaliza que a discussão sobre a reforma tributária (agora prometida para fevereiro), provavelmente, cairá no esquecimento. A DRU trabalha como a forma mais usual de assegurar que a meta de superávit primário seja alcançada, não só através da redução das despesas correntes - que sustentam a administração pública e que não é medida popular - mas também pela retirada de recursos anteriormente destinados à educação (R$ 72 bilhões nos últimos 10 anos) e saúde, por exemplo.
A sua origem remonta à proposição feita pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional em 1994: um projeto de emenda à Constituição que autorizava a desvinculação de 20% de todos os impostos e contribuições federais que formava uma fonte de recursos livre de carimbos, isto é, de vinculações levianas advindas ainda da Constituição de 1988. Com o nome inicial de Fundo Social de Emergência e, posteriormente, de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), vigora até 31 de dezembro de 1999. A partir do ano 2000, foi reformulado e passou a se chamar DRU. Há de se lembrar que a esse mecanismo fez parte de acordos passados com o FMI (feitos por governos passados).
Segundo o site oficial do governo,(http://www.planejamento.gov.br/orcamento/conteudo/sistema_orcamentario/dru.htm), as principais finalidades dessa medida é:
- Permitir a alocação mais adequada de recursos orçamentários.
- Não permitir que determinados itens de despesas fiquem com excesso de recursos vinculados, ao mesmo tempo que outras áreas apresentam carência de recursos;
- Permitir o financiamento de despesas incomprimíveis sem endividamento adicional de União.
No Brasil, a ideologia partidária é posta em cheque à cada situação, sendo que os ideais antes balizadores da luta contra a opressão, agora estão sendo colocados de escanteio. Afinal, de que importa estatutos se os seus agentes perdem-se em casos praticamente hediondos de corrupção (seja com dinheiro público ou privado, no caso de lobbies - isso visto, outrossim, nos Estados Unidos, no orçamento do Exército, Marinha e Aeronáutica)?. Não acredito que tudo esteja perdido, senão nem estaria aqui escrevendo esse artigo. Contudo, sem participação popular, palavras por palavras não surtirão os efeitos necessários.
Para maiores informações, visitem:
http://www.transparencia.org.br/index.html
http://www.planejamento.gov.br/orcamento/conteudo/sistema_orcamentario/dru.htm
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