Com o fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos vigentes na Europa, a questão da crise financeira não é de fato primordial, até o ponto no qual ela pode pôr em risco o acesso ao crédito, inseparável do crescimento no médio prazo. Conforme a receita já decorada do FMI, espera-se que todos os players da União Européia sejam conscientes da necessidade da consolidação fiscal, integração econômica e reformas estruturais (algo já direcionado à América Latina e Caribe, em documento anterior). Em 2007 a atividade econômica permaneceu firme, com previsão de que a área do Euro supere em mais de dois pontos percentuais ao crescimento bruto (PIB) dos Estados Unidos, ficando atrás somente da Ásia (conforme gráfico 1), em especial, por causa do movimento de convergência política, econômica e constitucional, instaurada no seio do crescente bloco europeu. Apesar disso, há o perigo da inflação galopante nas economias emergentes do bloco, indicando que, além da questão do preço do petróleo e dos alimentos, existe um sinal de que pode haver superaquecimento, devido ao claro aumento da demanda por bens e serviços (e à falta de capacidade instalada).
A base para a expansão das empresas pertencentes às economias emergentes do Leste Europeu, especialmente aquelas da Bulgária,
Croácia, Estônia, Hungria e Letônia foi, majoritariamente, via crédito das grandes instituições bancárias das nações desenvolvidas do continente, as quais poderão estipular mudanças nas taxas de juros remurantes aos empréstimos de longo prazo, dificultando o restabelecimento do equilíbrio das contas externas. Será a ocasião propícia para a reforma institucional dentro da égide dos Estados soberanos, evitanto, assim, consequências sorumbáticas no médio prazo, inclusive, para o setor público.
As entidades que controlam a política macroeconômica - Bancos Centrais - estão sendo obrigados a reagir de forma cuidadosa, equilibrando a participação na expansão de liquidez (via métodos supracitados) com a responsabilidade sobre os níveis de inflação (aí diretamente ligado à economia real). Casos particulares de instituições em dificuldades devem remediados para reduzir as consequências negativas para a sociedade (ilustrando essa situação, podemos citar o Northern Rock, banco inglês dedicado a hipotecas, que sofre agora sanções públicas e corre o risco de ser até estatizado). A busca legislativa pela transparência nos balanços contábeis do setor privado é, mais do que nunca, fundamental para a reconstrução inerente das estruturas abaladas pela disrupção de tamanha hecatombe no mercado financeiro, por vários canais de transmissão.
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