domingo, 30 de dezembro de 2007

Resenha do Livro: A Riqueza do Futuro

Conforme notícia do Estadão: "a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi o investimento mais rentável do ano, posição alcançada pelo quinto ano consecutivo. O Índice Bovespa fechou o ano, ontem, com alta de 43,65%. Segundo analistas, a alta foi puxada pelo cenário externo, marcado pelo forte crescimento da economia chinesa. Com o crescimento chinês mantendo o preço das commodities em alta, países exportadores como o Brasil foram beneficiados".

Como visto acima, o mercado de ações está se tornando ferramenta popular de acesso a rendimentos maiores do que o da poupança, previdência privada, DI e outros para o investidor individual, tanto quanto o é para o institucional (fundos de hedge, de pensão – como o da Petrobrás e do Banco do Brasil). Igualmente, as empresas são favorecidas pelo acesso ao crédito de baixo custo e podem, assim, estruturar e aplicar esses valores em investimentos para o crescimento do negócio e em aquisições de concorrentes (como fez a CVRD em relação à INCO). Além disso, a nossa base - o mercado financeiro internacional - apesar das recentes crises, encontra-se altamente rentável.

No livro Future Wealth (de tradução “A Riqueza do Futuro”), 220 páginas, publicado pela Editora Campus, com autoria conjunta de Stan Davis e Christopher Meyer, é discutida a perspectiva ainda futurista de alavancagem pessoal, isto é, o momento no qual você poderá “abrir o seu capital”, com a motivação de arranjar recursos para projetos individuais ou qualquer outro interesse particular.

A reflexão inicia com a diferenciação entre riqueza física ou tangível (um carro, uma casa e etc.) e a riqueza do futuro (que é a financeira), calcando dois argumentos principais: i) a perspectiva de curto prazo dos investidores na economia conectada de, por meio da valorização das ações, produzir uma riqueza física futura e ii) no longo prazo, a oportunidade de aplicarmos tudo isso de forma prática, através da negociação de conhecimento e talento (capital humano). Com exemplos sobre Picasso, pág. 37, e Michael Jordan, pág. 57, o leitor vai divagando sobre as possibilidades vindouras de uma nova perspectiva, na qual o indivíduo percebe que tem sob seu controle as rédeas da sua carreira profissional, pondo em suspeição o regime empregatício e psicológico, o qual acaba por restringir a capacidade potencial do ser humano. Conforme o livro, “os ativos tangíveis vão começar a perder seu antigo valor como portadores de garantia, ao passo que o capital humano, intangível, vai se transformar num ativo financeiro com valor de mercado”.

Depois de diversas páginas perpetrando as entranhas do significado do binômio risco-recompensa, chegamos ao final da obra com mais perguntas do que respostas. Tanto que os autores até solicitam que ocorra a complementação da obra por parte do leitor. Para quem gosta de praticar a futurologia sem medo, recomendo. Afinal, como surgiram as inovações? Foram fruto de um desejo profundo de evolução.

Feliz Ano Novo a todos!

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