domingo, 13 de maio de 2007

Regional Economic Outlook - Western Hemisphere - 2007 (Parte 3)

Por fim, aqui está a última parte do resumo sobre o que foi tratado no documento Regional Economic Outlook - Western Hemisphere - 2007.

III - O efeito do ambiente externo sobre o crescimento da América Latina

Com o desaquecimento da economia americana (especialmente no setor de construção civil) e a tendência de queda na cotação das commodities não relacionadas ao petróleo, o LAC verifica que a projeção de crescimento para o próximo quinqüênio será e 4,5% , pois, esse item é influenciado em, pelo menos, 50 % pelo que ocorre no mercado externo: condições financeiras externas; crescimento das economias emergentes, especialmente BRIC; e os preços das commodities agrícolas ( soja, café, açúçar), minerais (ferro, aço e ouro) e o petróleo.

IV - Sustentação da expansão e crescimento de longo prazo

O crescimento apresentado pelo LAC é o maior desde o ano de 1970. Isso é um fato positivo, entretanto, quando em comparação com outras nações em desenvolvimento, é considerado ridículo. Atribuí-se esses resultados ao aspectos abaixo:
  • Instabilidade macroecônomica histórica;
  • A TFP (total factor productivity) é a menor em comparação a outras regiões em desenvolvimento, consecutiva à queda de investimento desde os anos 1980 (a qual é, em parte, produto da crise da dívida externa);
  • Ineficiência nas legislações relativas ao trabalho (como a CLT, no caso do Brasil), acarretando na má distribuição dos fatores;
  • Falta do emprego de mulheres em posições de alta administração;
  • Grande desigualdade na distribuição de renda (no Brasil, verificamos essa tendência no momento em que as políticas de taxação exacerbada da classe média têm o intuito de direcionar renda para as classes mais baixas, gerando dualidade: ricos e pobres).
  • Falta de qualificação do capital humano, devido a políticas de educação ínfimas na pré-escola e ensino fundamental (Não se esqueçam que no Brasil, por exemplo, 70% das verbas educacionais vão para as Universidades Federais).

Considerações finais

No fim do documento, o FMI explana as receitas já conhecidas:

  • Orientar o processo de exportação em direção à liberalização dos mercados, com redução dos déficits na balança de pagamentos e diversificação dos produtos exportados, especialmente, do que tange aos manufaturados e bens de capital, em detrimento das commodities.
  • Manter as instituições políticas sob a égide da democracia.
  • Distribuição de renda eficiente, através de conscientização sobre o uso do dinheiro e não por meio de programas assistenciais.
  • Estabilidade macroeconômica, isto é, controle da inflação, redução da dívida pública em relação ao PIB, fortalecimento do setor financeiro, e melhor qualidade do gasto público.

FIM.

Na próxima semana, texto sobre reservas cambiais.

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