China e algumas facilidades

Sempre no foco de reportagens, manchetes e divulgação na mídia internacional está a China, seja por incursões de suas empresas nos diversos países através de aquisições e joint-ventures ou por escândalos na questão do impedimento à liberdade de imprensa e informação. Esse país tem cultura milenar e políticas organizacionais calcadas em um socialismo de mercado, complementado por reformas iniciadas em 1978 e que seguem em implementação tendo em vista à entrada na OMC ocorrida em 2001.Mas como a China alcançou essa posição de destaque no cenário mundial? Vejam abaixo alguns aspectos:

INSTRUMENTOS DE FACILITAÇÃO À PROSPERIDADE NOS NEGÓCIOS

- Facilidade de acesso ao crédito.

O Sistema bancário chinês é dividido em três bancos:

*Banco Central da China (tem as mesmas funções do banco central brasileiro, isto é, estabilidade macroeconômica - políticas monetárias e financeiras)

*Bancos Comerciais - tem diversas facetas, mesmo que sempre sobre o jugo centralizador do Partido, sendo que podem ser divididos em cooperativas agrícolas, bancos estaduais, municipais. (Por causa da entrada na OMC, agora, existem bancos de capital privado participando da "orgia" financeira de investimentos na China, claro que, controlado pelo governo incessantemente).

*Banco de Política - criados para diferenciar o crédito concedido às empresas daquele usado para política governamental, ou seja, instrumentalização do campo, controle de população etc.

-Participação ativa do Governo no comércio exterior

O governo chinês disponibiliza crédito praticamente ilimitado às empresas, tanto às "campeãs" (BaoSteel, Tcl, Lenovo) como às pequenas empresas, ambas surgidas de compromissos e objetivos estabelecidos linearmente pelo comando comunista centralizador. Além disso, podemos citar: criação de um sistema público de inovação que tem difundido o conhecimento (em parceria com as novas universidades que interagem com a iniciativa privada, em oposição ao que ocorre, por exemplo, no Brasil, aonde os empresários não tem cultura de investir no longo prazo e utilizam no máximo 4% do profit em P&D); regime de de propriedade intelectual seletivo e que reduz os custos de assimilação de tecnologia estrangeira. No tocante às relações diplomáticas,

Ademais, a China tem participação em 187 países em diversas formas de ajuda monetária, diferenciada abaixo:

-Donativo: destina-se principalmente à construção de hospitais, escolas, habitações e abastecimento de água bem como à assistência humanitária (focado em regiões pobres da Ásia, inclusive, dentro dos Tigres Asiáticos, os quais são responsáveis por uma parceria sólida no sentido comercial e político)

-Empréstimo sem juros: utilizado quando o governo chinês decide investir em infra-estrutura e instalações civis no exterior, através de empresas originalmente chinesas e que buscam oportunidades de crescimento.

-Empréstimo Preferencial: tem o caráter de assistência governamental e é concedido por instituições financeiras indicadas pelo governo chinês a juros baixos com o intuito de desenvolver novas atividades produtivas (pesquisas, novas universidades, etc.)

-Mecanismos de ajuda aos países africanos (mais detalhes, no endereço:http://www.fmprc.gov.cn/ce/cgrj/pot/xxdt/t230977.htm).

-Grande quantidade de mão-de-obra qualificada e quantificada.

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Obs: tenho recebido e-mails questionando o real propósito do blog. Deixo registrado aqui que o blog de forma alguma pode englobar tudo sobre qualquer assunto que seja (China, Pac e etc). A motivação primordial desse meio de informação é levar às pessoas leigas e não-leigas em economia alguma base factual para a expansão das discussões públicas e nas entidades privadas de ensino. É ferramenta de estímulo ao estudo da conjuntura mundial e , especialmente, a do Brasil. Recomendo a leitura de revistas como Conjuntura Econômica, Custo-Brasil, Suma Econômica. Agradeço a todos. O blog Economia Semanal não é fechado a textos de outras pessoas. Sou editor-chefe mas aceito qualquer texto que tenha fundamento didático e informativo, afinal, a economia não é minha, nem do Lula, é de todos.